Austrália adverte mulheres que Estado Islâmico não é uma "aventura romântica"

O número de mulheres que partem para o Iraque ou para a Síria para casar com está a aumentar. Na Austrália, entre 30 a 40 mulheres apoiam ativamente os 'jihadistas'.
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A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana disse hoje que há um número crescente de mulheres que partem para o Iraque e Síria para casar com 'jihadistas' do Estado Islâmico, advertindo que o que as espera não é uma "aventura romântica".

Pelo menos 110 australianos partiram para combater ao lado dos 'jihadistas' no Médio Oriente e 30 a 40 mulheres estão com eles ou apoiam-nos ativamente na Austrália, segundo dados dos serviços de segurança citados pela AFP.

"Infelizmente vemos cada vez mais jovens a quererem ir para a Síria e Iraque, e há um número crescente de jovens mulheres", afirmou a ministra Julie Bishop, quando questionada sobre o recente caso de três adolescentes que partiram de Londres para alegadamente se juntarem ao Estado Islâmico (EI).

Segundo a chefe da diplomacia australiana, estas mulheres partem atraídas por combatentes terroristas estrangeiros, para acompanhar os maridos ou para casar nesses territórios. A propaganda na Internet faz com que acreditem que encontram um marido no Iraque ou na Síria, acrescentou.

"Esta organização terrorista tem um comportamento terrível para as mulheres. (...) A sua atitude em relação a elas é desprezível e as mulheres jovens não devem deixar-se enganar e acreditar que vão viver uma aventura romântica", afirmou.

Na Europa, cerca de 550 mulheres já fizeram esta viagem, escreve a agência AFP.

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